A mansão estava silenciosa naquela tarde nublada, com um clima morno que deixava tudo levemente fora de lugar. Romeu percorria os corredores em busca de algo que nem sabia definir. Havia tido um dia insuportável no escritório do avô e voltara para casa mais cedo, esperando pelo menos algum silêncio.
Passou pela porta dupla da ala oeste e, por puro impulso, desceu as escadas até a parte térrea do jardim interno. Ali, atrás de uma porta de vidro fosco que nunca usava, ficava a piscina aquecida, mais um dos luxos da mansão que ele jamais aproveitava.
Ia passar reto, mas um som o deteve. Água. Movimentos suaves, ondulações. Ficou curioso e sem motivo aparente, empurrou a porta. O vapor quente o envolveu de imediato, e seus olhos levaram um segundo para se acostumar à névoa que flutuava sobre o ambiente iluminado apenas por luzes suaves, embutidas nas laterais da piscina. E então ele a viu, Isabella.
Sozinha, no centro da água, os braços boiando ao lado do corpo, a cabeça levemente inclinad