— Quem é ele, Elara? - Ahmet cedia à sua curiosidade.
— Por que acha que é um homem? - Elara sorria, agora, maliciosa. Ahmet nunca cogitou a ideia de que ela preferisse outra mulher a um homem. Ele estava embasbacado com a resposta. Aquilo explicaria muita coisa sobre Elara, especialmente, ainda estar sozinha.
— Isso põe as coisas em outra perspectiva. Quem é ela, Elara? - Ahmet ainda se enciumava.
— O que o faz imaginar que seja uma mulher? - Ela gargalhou, suavemente. Brincava com a percepção dele. Ahmet se irritava. Odiava joguetes mentais.
— Elara! É uma pessoa, pelo menos? - Ahmet perguntou, já perdendo sua paz habitual.
— Quem sabe, Ahmet? - Ela se levantou, passando por ele. Zombava do homem com o olhar astuto de uma raposa com um segredo.
— Eu a amo. - Ahmet despejava aquela verdade, sem pensar. Ela deteve-se ao lado dele.
— Eu não o amo o suficiente para lhe entregar meu corpo, Ahmet. Encontre outra obsessão. - Ela disse, repousando a mão suavemente sobre o rosto dele. - Ai