O restaurante escolhido por Henrique era discreto, elegante, com luz baixa, mesas espaçadas e uma trilha sonora suave que tornava o ambiente ainda mais íntimo. Clara chegou alguns minutos depois dele, vestindo um vestido preto de alças finas, simples, porém absurdamente sedutor, como se tivesse sido feito sob medida para provocar. O salto realçava ainda mais sua postura confiante.
— Uau... — foi tudo o que Henrique conseguiu dizer ao vê-la se aproximar da mesa.
Ela sorriu, ajeitando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
— Espero que esse “uau” seja um bom sinal — brincou, sentando-se à frente dele.
— É o melhor possível — respondeu, ainda sem desviar os olhos.
O garçom se aproximou, anotou os pedidos, e logo os dois estavam com taças de vinho nas mãos. O clima que antes era feito de flertes tímidos agora parecia uma corda esticada, prestes a se romper. Os olhares se encontravam e se perdiam com a mesma facilidade. As mãos se esbarravam propositalmente, os sorrisos vinham carregados de