O portão da mansão da família Lubianco se abriu devagar, com a imponência de quem guardava segredos em cada detalhe de sua estrutura antiga. Ao lado de Gael, dentro do carro, senti o coração acelerar, mesmo tentando manter a calma. Ele segurava firme o volante, o olhar fixo, mas a tensão nos dedos denunciava que também não estava tão tranquilo quanto aparentava.
— Não precisa ficar nervosa. — murmurou, sem desviar os olhos da entrada. — Meus pais são como você já sabe: receptivos.
Assenti, mordendo de leve o lábio. O problema não era exatamente Charlotte ou James; era o restante. Era o peso de estar ali, diante da família dele e tudo o que isso significava.
Descemos do carro, e o vento frio da noite trouxe consigo o perfume suave das flores que enfeitavam o jardim impecável. A porta da frente já estava aberta, como se esperassem por nós. Charlotte surgiu primeiro, elegante como sempre, mas com aquele sorriso caloroso que me fez respirar um pouco mais aliviada.
— Minha querida! — dis