Lorenzo Lubianco
Saí da empresa com o sangue fervendo nas veias. Cada passo parecia carregar toneladas de frustração, humilhação e raiva acumulada. Empurrei a porta do estacionamento com força demais, tão forte que quase arranquei a maçaneta, e fui direto para o canto mais isolado, onde Rafaelly e Paulina já me esperavam encostadas no meu carro.
As duas me observaram se aproximar, e eu sabia que estavam ansiosas pelo resultado. Mas bastava olhar para minha expressão para entenderem que não havia boas notícias.
Paulina foi a primeira a falar, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha com arrogância:
— E então? Como você se saiu?
Rafaelly completou, mexendo no cabelo como se não estivesse nem um pouco preocupada:
— Conseguiu derrubar o queridinho da família? Ou pelo menos balançar o ego dele?
Soltei uma risada amarga.
— Nada bem.
Elas trocaram um olhar rápido.
— Como assim, nada bem? — Paulina insistiu, impaciente. — Não era só apresentar os documentos e pronto?
— Documentos esses