Assim que fechei a porta do quarto de Soo-ah atrás de mim, encontrei Tae-ho parado no final do corredor. Ele tinha as mãos nos bolsos da jaqueta e o maxilar tenso — como sempre que estava incomodado com alguma coisa.
— Isso não podia esperar? — perguntei, mantendo a voz baixa, ainda sob o efeito do que havia acontecido dentro do quarto.
Ele não respondeu de imediato. Só me olhou.
— A gente precisa conversar — disse, por fim. — A sós.
Assenti, passando por ele em silêncio e seguindo até a varanda dos fundos, onde o ar da noite estava mais frio do que eu lembrava.
Tae-ho veio logo atrás.
Assim que a porta de vidro se fechou, ele cruzou os braços e me encarou.
— Você está mesmo levando isso adiante? — disse, direto ao ponto. — Vai se casar com ela?
— Já falei com meu pai. Ele está mais feliz do que esteve em meses. E sim, eu vou levar adiante.
— Mesmo ela sendo quem é?
A forma como ele disse aquilo me irritou. Fria. Dura. Quase... preconceituosa.
— Quem ela é? — perguntei, estreitando os