Não demorou muito até que a porta se abrisse bruscamente e Fábio entrasse com passos largos.
— Roberto.
Ao se virar, Roberto franziu a testa ao avistar seu pai.
— Pai, por que veio?
"Como Osvaldo lida com essas coisas!?"
— Você não queria que eu viesse? É claro, prefere manter tudo em segredo para que ninguém descubra que o presidente do Grupo Século foi tolo o suficiente para bater o carro em um poste.
Fábio também estava procurando Roberto em todo lugar porque não conseguia entrar em contato com ele.
Roberto, indiferente, respondeu:
— Não foi de propósito que eu bati.
— Acabei de verificar seu prontuário médico, você estava dirigindo cansado. Não foi você que trouxe para si mesmo? O que mais aconteceu?
Roberto não queria prolongar a conversa:
— O que tinha que acontecer, aconteceu, e estou bem. Não conte isso à vovó nem à Jaque.
— Você ainda pensa na vovó e na sua esposa, e se tivesse morrido? Já pensou no que elas sentiriam? Isso tem a ver com a Ângela, não é?
Antes de Ângela, tudo