Dentro do carro.
Nádia estava conversando ao telefone com Roberto.
— Hoje, eu encontrei a Jaqueline, e também aquele tal de George.
— Mãe, o que a Jaqueline disse? Ela fez o que a senhora sugeriu?
— O que eu sugeri? — Nádia soltou um leve resmungo. — Você fala como se eu pedisse para ela fazer alguma coisa. Afinal, eu nem sou a mãe dela de verdade. Se eu, de repente, mando ela se afastar do George, você acha mesmo que ela vai me escutar?
— Mas o George não é uma boa pessoa. Você explicou para a Jaqueline a gravidade da situação?
— A gravidade existe apenas para você. — Disse Nádia. — Para a Jaqueline, a situação não é tão grave assim.
— Isso não é grave? O tipo de pessoa que o George é...
— E que tipo de pessoa ele é? — Nádia interrompeu as palavras dele. — Seja como for, os sentimentos dele por Jaqueline são verdadeiros. Ele, com certeza, não faz mal a ela. Nesse ponto, ele é melhor do que você. Pense em tudo o que aconteceu entre você e Ângela, em quantas vezes você machucou a Jaquel