Nádia riu friamente:— Depois de perceber a verdadeira face daquela mulher, descobriu que me ama? Por que não me amou todos esses anos que passaram?— Nádia, sou lento, sou um tolo, sei que errei e quero fazer tudo para compensar. Você é minha única mulher. — Disse Fábio, humilde e sincero.— Eu ainda sou sua esposa. — Respondeu Nádia. — E nós continuamos juntos, o que mais você quer?— Eu... — Fábio hesitou, com medo de falar demais e irritar Nádia. Embora ainda fossem casados e frequentemente passassem noites juntos, para ele, a relação parecia mais como uma parceria para satisfazer necessidades momentâneas, se juntando para passar a noite quando necessário e descartando um ao outro quando não era, como se não se conhecessem.Ele achava que casamentos não deveriam ser daquele jeito.Fábio também preferia não continuar falando sobre isso, preocupado que Nádia não lhe oferecesse nem esse pouco de calor que ainda restava.— Ah, Nádia, alguém acabou de te ligar, ele disse que era algo re
A cirurgia durou seis horas inteiras. Finalmente, o médico apareceu. — Doutor, como está ele? Todas as pessoas correram para perguntar sobre a situação. O médico, exausto, tirou sua máscara e disse: — Anteriormente, o Sr. George estava inconsciente e em estado grave, sem possibilidade de restaurar seu suprimento de sangue cerebral. Os riscos cirúrgicos eram altos, e os medicamentos existentes eram inúteis. No entanto, nesta manhã, descobrimos que havia uma resposta em seu cérebro. Após exames, constatamos que ele realmente havia restaurado o suprimento de sangue ao cérebro, mas também desenvolveu um hematoma cerebral. Assim, a cirurgia de hoje foi para remover o hematoma cerebral, o que diminuiu significativamente os riscos. Jaqueline, ao ouvir as palavras do médico, pensou por um momento e perguntou: — Então, você está dizendo que, como o suprimento de sangue cerebral do George foi restaurado, ele tem uma nova chance agora? O médico assentiu: — Este é um bom sinal e
— Jaqueline. — Disse Reginaldo, se aproximando. — Quer vir para casa comigo? Não podemos entrar para acompanhar o George agora, só podemos esperar notícias. Ele podia ver que o cuidado de Jaqueline por George era genuíno. Jaqueline se virou e disse: — Vocês podem ir para casa descansar. Eu vou ficar no hospital, alguém precisa estar aqui vigiando. Reginaldo respondeu: — Então eu fico aqui, vocês podem ir. — Mas eu quero ficar aqui. — Disse Jaqueline. — Quero ficar ao lado do George, mesmo que não possa entrar, pelo menos quero proteger ele. Vendo a determinação de Jaqueline, Reginaldo acenou com a cabeça: — Tudo bem, então eu também vou ficar. Reginaldo ficaria inquieto se voltasse para casa. Cláudio disse: — Deixem Jaqueline ficar aqui. Vocês podem reservar um hotel nas proximidades para ficar por enquanto. Se algo acontecer, vocês podem vir rapidamente, de outra forma, não faz muito sentido todos ficarem no hospital, já que não podemos entrar no quarto agora.
Cláudio assentiu: — Sem problema, afinal, as coisas que te contei também devem permanecer em segredo, agora estamos na mesma posição. Isabelly respondeu e finalmente disse: — Na verdade, o casamento de Jaqueline com meu irmão é uma farsa. Isabelly contou a história do começo ao fim para Cláudio. Depois de ouvir, Cláudio mergulhou no silêncio: — Não esperava por isso, então mesmo que se divorciem, não deve ser um grande problema. — Para Jaqueline não é um grande problema, mas o crucial é meu irmão, os sentimentos dele por Jaqueline são verdadeiros, e se ele descobrir que Jaqueline é sua prima, ele definitivamente não vai aguentar. Meu irmão está assim agora, mas mesmo que consiga acordar, vai precisar de muito tempo para se recuperar, ele não pode receber choques. Se dissermos a ele, realmente não sei o que poderia acontecer. Cláudio falou pesadamente: — É, isso é complicado, nós dois, não devemos contar a ninguém, vamos ver como as coisas se desenrolam. — Certo. — I
Roberto franziu a testa:— O que eu poderia fazer com ela? Poderia comer ela?— Você...Isabelly estava prestes a retrucar, quando Jaqueline segurou seu braço:— Isabelly, não ligue para ele, vamos embora.Jaqueline puxou Isabelly para ir embora.Roberto disse:— Eu tenho algo para dizer a você, podemos conversar a sós?Jaqueline respondeu com um sorriso frio:— Não temos nada para conversar.— Apenas dois minutos, aqui mesmo, não vamos a lugar algum.Roberto se posicionou como uma montanha na frente de Jaqueline, determinado a não deixá-la sair sem conversar.Jaqueline pensou por um momento, se virou para Isabelly e disse:— Isabelly, vá descansar um pouco, eu já vou te encontrar.— Jaqueline, você realmente vai falar com ele? — Isabelly estava preocupada.— Não se preocupe. — Jaqueline olhou friamente para Roberto. — Eu vou ficar aqui, não vou a lugar algum.— Está bem, dois minutos. Eu vou procurar você em seguida. — Isabelly lançou um olhar de advertência para Roberto e depois se a
Tudo parecia uma coincidência, uma tão grande que a levou a pensar: "Quem, além de Roberto, estaria ajudando ela dessa forma?" Ela talvez tivesse suspeitado antes que a situação de George fosse causada por ele, mas aquilo foi um pensamento impulsivo que teve naquele momento. Quando se acalmou, pensou que Roberto não seria capaz de fazer algo assim. Ele poderia até discutir com George, mas não faria algo tão cruel por trás das cortinas. No entanto, os corações de George e da vítima coincidiam perfeitamente com o de Ângela. Ela não conseguia imaginar Roberto como alguém capaz de realizar tamanha crueldade, apenas para encontrar um coração compatível para Ângela. Tudo isso não passava de uma suposição dela, sem nenhuma prova concreta. Roberto estava um pouco nervoso: — Por que você está me olhando assim? Sei que você não se importa com a vida ou morte de Ângela. O motivo de eu te contar isso não é para dizer que estou feliz, mas sim... Roberto parou por um momento, querend
Quarenta e oito horas. Para Jaqueline, foram os dias mais difíceis de sua vida, pois ela não sabia qual seria o resultado. A única coisa que podia fazer era esperar. Cada segundo parecia uma tortura e, mais do que a agonia da espera, o que mais a aterrorizava era a possibilidade de um resultado desastroso. Se o fim fosse trágico, Jaqueline preferiria continuar sofrendo na espera a ouvir uma resposta que a fizesse se desesperar. A cirurgia de Ângela também havia terminado e a cirurgia cardíaca dela foi um sucesso. E a pessoa que havia doado o coração para Ângela? Ela nem sequer sabia quem era, mas sabia muito bem como aquela pessoa havia morrido. Tudo isso ninguém sabia, apenas o céu e a terra, ela e Heitor sabiam. Jaqueline não sabia que, muitas vezes, Roberto estava observando ela de longe, onde ela não podia vê-lo, vendo ela se preocupar e sofrer por George. Ele só podia se esconder nas sombras, sem coragem de aparecer na frente dela, observando ela em silêncio, suporta
Ela se esforçava para dizer a si mesma para não ficar tão emocionada. George tinha acabado de acordar, e se ela ficasse muito agitada, isso poderia afetá-lo. Mas, por mais que tentasse se controlar, as lágrimas não conseguiam parar de cair. Ela estava imensamente feliz. Um milagre havia acontecido, e ela se sentia grata por ter persistido e acreditado naquela mínima esperança. — Jaqueline, você está bem, graças a Deus. Eu tive um sonho muito longo, um sonho em que alguém queria te fazer mal. Eu tentei desesperadamente te avisar, mas não conseguia acordar. Eu estava à beira do inferno, e alguém queria me puxar para baixo, mas... Mas eu não queria ir. Eu lutei para subir porque eu ouvi você gritar o meu nome. Mesmo tendo acabado de acordar, George estava visivelmente agitado ao falar sobre isso. Jaqueline sentiu uma dor imensa em seu coração. Ela não conseguia imaginar o quão agonizante devia ter sido para George durante o coma. Talvez fosse verdade o que Isabelly dizia: as pes