Blackout Narrando
Acordei com o coração batendo diferente, tá ligado? A Nath tem sido meu porto, minha brisa no meio desse corre louco. E hoje… hoje eu decidi: vou pedir ela em casamento. Já era, mano. Essa mulher me ganhou.
Levantei cedo, botei a peça mais alinhada que tinha no guarda-roupa, dei aquele tapa no visu e parti pro shopping. Entrei na joalheria com a responsa na alma.
— Quero as alianças mais braba que cês tiver, patrão. É pedido de casamento, tá ligado?
A atendente sorriu, me mostrou umas opções, e quando bati o olho num par de ouro branco com uns detalhes finos, eu soube que era aquilo. A cara da Nath. Fechei a compra, já saí com as alianças no bolso e o sorriso travado de nervoso.
Depois fui direto pro restaurante que ela sempre fala que tem vontade de conhecer — chique, luz baixa, música ao vivo, aquele climinha de filme, tá ligado? Reservei uma mesa top, com vista pra cidade.
— Quero tudo no grau. Jantar especial, luz de vela, vinho… hoje é noite de fazer história.