Nath Narrando
Eu ainda tava deitada, com a cabeça no peito dele, sentindo a respiração do Blackout desacelerar aos poucos. O quarto tava em silêncio, só o som do ar-condicionado e nossos corações batendo forte. A luz vermelha deixava tudo mais intenso, mais vivo.
Fechei os olhos por uns segundos, tentando guardar aquela sensação. Me sentia segura, completa… amada de um jeito que eu nunca tinha sentido antes. Ele passou a mão no meu cabelo devagar, como se quisesse me manter ali pra sempre.
— Cê sabe que eu te amo, né? — ele falou baixinho, quase num sussurro.
Meu coração deu um pulo. Eu sabia. Eu sentia. Mas ouvir da boca dele me desmontou. Levantei o rosto e encarei aqueles olhos escuros que sempre me liam por dentro.
— Sei… e eu também te amo. Mais do que achei que fosse possível amar alguém um dia — respondi com a voz meio embargada.
Beijei ele devagar, com carinho, com tudo que eu sentia. Depois me aconcheguei de novo no peito dele, sorrindo sozinha.
Aquela noite não era só sobre