Pantera narrando
Mano, o corre tava daquele jeito... mas minha mente não desgrudava dela, tá ligado? A Janete. A mina bagunçou meu sistema todo, véi. Depois que mandei aquele buquê com chocolate e bilhetinho, fiquei só de olho nas redes, e pá… vi que ela postou. Foto do buquê, legenda fofa, coraçãozinho… cê é doido. Quase explodi de orgulho e satisfação.
Nem vou mentir, eu era o terror do morro, o cara que ninguém peita… mas pra ela, viro poesia, viro mimo, viro até bombom se precisar.
Fiquei na quebrada só observando o movimento, os cria passando ideia, os vapores na função… mas minha cabeça? Tava no sorrisão dela quando recebeu aquele presente. Mandei mensagem só pra ver a reação:
— Curtiu o presente, minha braba?
Ela respondeu na hora com áudio, voz manhosa que me derruba:
— Curti muito, amor. Tô toda boba aqui. Você sabe mesmo como mexer comigo…
Cê é doido, quase larguei tudo pra subir no trampo dela e roubar um beijo, na moral. Mas segurei. Pantera também sabe ter controle, né?