Janete narrando
Já tinha se passado vários dias desde que eu e o Pantera resolvemos tudo entre a gente. A gente tava bem, vivendo aquele tipo de paz que só vem depois da tempestade. Cada momento com ele era intenso, cheio de sentimento, e por mais doido que fosse tudo que já vivemos, parecia que finalmente as coisas tavam no eixo.
Eu tava no escritório, focada num monte de papelada quando a recepcionista entrou com um buquê enorme nas mãos. Não era qualquer buquê não… era daqueles que chamam atenção de todo mundo no ambiente. Várias flores misturadas com chocolates finos, tudo muito bem montado, como se alguém tivesse gastado tempo e cuidado escolhendo cada detalhe.
Na hora meu coração já acelerou. Peguei o buquê com um sorriso meio boba e vi o bilhetinho preso no meio das flores. A caligrafia era dele, daquele jeito largado mas único.
— Pra mulher que virou minha paz e minha bagunça favorita ao mesmo tempo. Te amo, cê sabe. — Pantera.
Fiquei parada ali, segurando aquilo no peito, mo