Blackout narrando
Assim que a Nath me ligou boladona, falando da mensagem que recebeu, já senti o sangue ferver. Cês acham que é fácil manter a quebrada firme? Não é não. E quando alguém tenta atingir quem tá do meu lado, aí, irmão… vira pessoal.
Saí da boca no pique, peguei o beco acelerado, jogando a camisa por cima do ombro e já avisando pro menor:
— Segura aí que eu vou resolver uma parada.
Cheguei na casa da Nath e só de olhar pra cara dela, já sabia que ela tava mista de assustada e puta. E eu também tava. Mas o meu tipo de raiva é diferente. É aquele que vem calado, calculando. Porque quem me conhece sabe… quando eu fico quieto, é que o bagulho vai estourar.
— Fala aí, Nath, o que foi que mandaram?
Quando ela repetiu aquelas palavras, “se afasta do Blackout”, mano… foi como se acendessem um pavio dentro de mim. Só podia ser recado de invejoso, de algum otário que não aceita ver a gente bem, forte, colado com alguém firme.
Falei na moral, olhando dentro dos olhos dela:
— Relax