22- Pantera

Pantera narrando

Mano… quando eu vi aquele olhar do Blackout pra Nath, já saquei que ia dar merda boa. Só observei de canto, rindo por dentro. O cara tava entregando tudo no olhar, e ela? Tava devolvendo na mesma moeda, mordendo o lábio igual quem sabe que tem o controle da situação.

Mas enfim, deixei eles na deles, né? Não sou de atrapalhar o rolê alheio. Fiquei ali no corredor, escorado, ouvindo os passos subindo e a porta batendo lá em cima. Aí eu só pensei: Ih, maluco… agora o Black vai ver estrela até de dia.

Esses dois juntos é fogo e gasolina. E eu? Só tô aqui assistindo o circo pegar fogo com pipoca na mão.

Depois que o Black e a Nath sumiram pro quarto, eu dei aquela risadinha de canto e subi pro meu barraco. Já tava na hora de dar uma desligada, botar os pés pra cima e acender um. Mas aí, assim que joguei meu corpo no sofá, o celular vibrou.

Olhei a tela e vi: mensagem da mandada da Janete. Só o nome dela já me dava aquele sorrisinho safado. Abri e, pá… logo uma foto, nada
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