23- Janete

Janete narrando

Desde a hora que ele apareceu no meu portão, eu já sabia que a noite ia ser diferente. Pantera tem esse jeito dele, esse olhar que te despedaça por dentro e ao mesmo tempo te reconstrói inteira. Quando ele entrou, só de olhar pra mim, meu corpo já tava em chamas. Eu queria, desejava, e não ia fingir o contrário.

Quando ele me jogou na cama, com aquela firmeza que só ele tem, senti meu corpo inteiro se entregar. A forma como ele me tocava, como me olhava… era como se ele soubesse exatamente o que eu precisava sem eu precisar falar nada.

E quando ele falou no meu ouvido, com aquela voz rouca, dizendo:

— Tu gosta de provocar, né, Janete? — Eu quase derreti. Porque sim… eu gosto. Mas mais ainda de ver ele reagindo, perdendo o controle, me querendo do jeito que ele me quis ali.

Cada beijo, cada pegada, era um arrepio novo. Eu montei nele sentindo o poder nas minhas mãos, mas a verdade é que ele comandava tudo mesmo quando me deixava no controle. Ele falava coisas no meu ou
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