Depois do almoço com Rodrigo, Elize voltou ao escritório com uma leve sensação de alívio — mas só até pisar no hall do prédio novamente.
Como se o ar ali estivesse impregnado com uma energia que ela não conseguia controlar.
A mensagem de Henrique ainda vibrava na memória, mais do que no celular, e ela decidiu que o melhor a fazer era ignorar.
Só por agora. Só até conseguir respirar com mais estabilidade.
O resto da tarde passou como uma maratona de minutos arrastados.
Elize tentava se concentrar nas tarefas, mas os olhos insistiam em deslizar para o relógio do computador, como se quisesse hipnotizá-lo a correr mais depressa.
Às 17h59, ela já estava com a mochila pronta.
E quando o relógio marcou 18h em ponto, Elize praticamente saltou da cadeira, despediu-se com um aceno coletivo, e disparou em direção ao estacionamento, como se alguém tivesse dito "valendo!" numa corrida de fuga emocional.
Montou na scooter com uma pressa quase simbólica. O vento no rosto servia co