Elize saiu da sala de arquivos como quem tinha sido expulsa por um furacão — ou pior, como se ela mesma tivesse virado o furacão. O coração ainda batia como se quisesse escapar pela garganta, e tudo o que ela conseguiu pensar foi:
“Preciso sair daqui. Agora.”
No corredor, respirou fundo, ajeitou a blusa, tentou recuperar alguma dignidade e foi direto até a recepção. Encontrou Glória digitando furiosamente no computador.
— Glória… — disse com um sorriso que escondia o pânico — posso te trazer um café?
A secretária levantou os olhos devagar, desconfiada.
— Você… vai me trazer um café? Você odeia a fila da cafeteria.
— Exatamente! Por isso mesmo. Uma missão nobre… por você. Caprichado, com chantilly, calda, canela, glitter comestível, o que quiser. Eu preciso… de ar. — E sem esperar resposta, já estava virando no salto.
Assim que se afastou o suficiente do prédio, puxou o celular do bolso com a mão trêmula e discou o número de Mada. A ligação completou na primeira tentativa.
— Ma