O silêncio que tomou o terraço do café após a saída abrupta de Elize era quase ensurdecedor. A cadeira caída ainda estava no chão, como um lembrete do que acabara de acontecer.
Rodrigo foi o primeiro a se levantar, apanhando a carteira que Elize deixara para trás na pressa da fuga.
— O que foi isso? — Beatriz perguntou, olhando em direção à escada por onde Elize havia desaparecido.
Henrique ainda estava parado, copo de água nas mãos, sem saber se bebia, largava ou simplesmente sumia dali.
Rodrigo olhou ao redor, como se o ambiente pudesse oferecer alguma resposta. Em seguida, desceu rapidamente até o salão do café. Encontrou Madalena parada atrás do balcão, com o olhar fixo na porta de entrada. Ela havia visto Elize sair correndo e estava visivelmente abalada.
— Você sabe o que aconteceu? — ele perguntou.
Mada respirou fundo, mas sua resposta veio firme, ainda que com tristeza nos olhos:
— Isso é entre ela e os fantasmas dela. Se quiserem saber, vão ter que esperar ela que