Era quase meio-dia quando Arthur apareceu na recepção segurando o celular e duas garrafinhas de água.
— Ei, dona estagiária mais elegante desse andar. Vai almoçar ou vai fingir que café é refeição?
Elize ergueu os olhos do computador, meio surpresa com o convite.
— Vai pagar?
— Só se você prometer que vai me contar tudo sobre ontem.
Ela sorriu de lado, pegando a bolsa.
— Você não desiste, né?
— Não quando estou certo de que mereço saber. Vamos.
Eles foram a pé até um restaurante pequeno e charmoso a poucas quadras dali.
Sentaram numa mesa mais afastada, e só depois de pedirem os pratos foi que Arthur puxou o assunto.
— Então… você contou pra ele?
Elize mexia no guardanapo, sem encará-lo de imediato.
— Não foi bem “contar”. O Gael quebrou o braço jogando futebol e eu entrei em pânico. Camila me ligou e Henrique estava perto, ele viu como reagi. Ele decidiu me levar no hospital porque viu que eu não tava em condições de pilotar, e o resto... você já imagina.
Arthur assentiu,