Henrique parou diante da porta do quarto. A mão estendida na maçaneta, mas sem coragem de girar. O coração batia forte — de um jeito diferente de tudo que já sentira.
Elize estava ao lado, com o olhar mais brando. Tocou de leve o braço dele.
— Ele acordou sorrindo…
Henrique sorriu fraco, sentindo o estômago virar do avesso.
— Vamos? — ela perguntou baixinho.
Ele assentiu.
Ao abrirem a porta, encontraram Gael deitado, com o cabelo bagunçado, as bochechas ainda coradas do sono, e os olhos brilhantes ao ver Elize entrar.
— Tiiia! Achei que você tinha ido embora!
— E eu ia perder esse seu cabelo espetado pós-cochilo? — Elize brincou, se aproximando.
Henrique ficou na porta, observando a cena com um nó na garganta. Pareciam dois pedaços do mesmo coração.
— Oi — ele disse, tentando soar natural.
Gael olhou pra ele e abriu um sorriso instantâneo.
— Oi!
Henrique caminhou devagar até o pé da cama, sentando-se na poltrona ao lado. O olhar que trocou com Elize era cúmplice — carreg