No fim do expediente, Arthur e Elize desceram juntos.
Ele seguiu no próprio carro, e ela ia logo atrás, na scooter, tentando descobrir onde ele pretendia gastar os 30 minutos combinados.
O céu começava a ganhar tons de laranja quando Elize estacionou a scooter, ainda com os cabelos bagunçados pelo vento, atrás do carro de Arthur.
Ele a esperava encostado na porta do veículo, mãos nos bolsos, óculos escuros empurrados pro alto da cabeça e um sorriso relaxado que não deixava dúvidas: o uísque ainda fazia morada em algum lugar ali.
— Tá inteira. — comentou ao vê-la descer. — Achei que ia se perder na subida.
— Respeita a Joaninha. Essa subidinha é nada para ela, comparada com as ladeiras da Baía das Abelhas.
Arthur deu uma risadinha e apontou com a cabeça para o portão de entrada do parque.
Caminharam em silêncio por alguns minutos, deixando a cidade pra trás a cada passo.
As árvores altas formavam túneis naturais de sombra e o cheiro de terra úmida se misturava com o da br