Elize encarava o próprio reflexo com um misto de ansiedade e aprovação.
Pernas à mostra, pele hidratada com um cheirinho discreto de baunilha, unhas impecáveis em branco leitoso — a mesma que Mada elogiara horas antes no café. Mas nada daquilo era por acaso.
Desde que acordou, Elize tinha um único objetivo em mente: fazer essa noite valer.
O vestido fluido descansava suavemente sobre o corpo, valorizando suas curvas sem exageros.
A renda nos ombros e nas mangas dava um ar delicado, quase inocente — quase.
O decote em V deixava a pele visível na medida, só o suficiente pra despertar a curiosidade de quem se atrevesse a olhar mais de uma vez.
Ela queria estar linda, sim, mas o charme real da noite estava escondido.
Durante a tarde, ela rodou o centro da cidade de loja em loja. Não queria nada óbvio.
Vermelho estava fora de cogitação — seria muita entrega. Preto, dramático demais.
Queria algo que dissesse: “Eu escolhi isso por você”, mas sem precisar dizer nada.
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