Elize riu sozinha.
Mada não era do tipo que aceitava respostas por mensagem, e parte dela gostava disso.
Depois da avalanche de ligações, mensagens e indiretas desde que a foto no baile foi publicada, conversar com Madalena parecia o primeiro momento real de respiro.
Tomou banho, prendeu o cabelo num rabo de cavalo improvisado e desceu com a roupa mais básica que tinha no armário. Era domingo. Estava exausta.
Queria só rir das reações da amiga e esquecer por um minuto o peso que aquela noite tinha deixado nos ombros.
Quando chegou ao Café Velluto, Madalena já estava com as xícaras servidas e uma expressão ávida de curiosidade.
— Demorou! Já li a legenda da foto umas trinta vezes. "Casal do ano", "o novo rosto do direito", "par romântico misterioso"... garota, o que foi aquilo?
Elize se jogou na cadeira.
— Foi... intenso — disse, apoiando o rosto nas mãos. — Você viu o colar?
— Vi! Vi o colar, o vestido, o homem, e juro por tudo que é sagrado: se você não me contar ago