Um novo começo, e o cheiro de pinheiro
Paul Evans
Sinceramente, quando a Catarina irrompeu pela porta, engolindo o "não" da Rita com o ruído dos seus saltos no mármore, eu pensei que ia ter um ataque. Não pelo Sr. Mendes ou pelo Sr. Vasques. Que se danem os gráficos de barras e as projeções agora, mas pelo puro e simples choque. Estava ali, no meu escritório de CEO, o meu refúgio de controle, e a mulher que me tinha virado a vida do avesso estava a marchar sobre mim com uma caixa de cannoli na mão como se fosse uma arma química.
Quando ela pôs aquela caixa de pistache no meio da minha mesa, por cima de meses de trabalho, e disse o nome da Tereza, eu entendi tudo. Não era um encontro a meio do dia; era uma reivindicação de território. O medo que senti não era de perder a fusão, era de a perder a ela por causa da minha cortesia estúpida e da minha ausência emocional. Eu estava a tentar lhe dar "respeito" e "espaço" para não ser o Paul controlador de antigamente, mas o que lhe estava