Uma parada inesperada, um novo lar
Catarina Smith
A mão de Paul estava quente e firme na minha, me conduzia para fora do prédio de mármore e aço que era o nosso império. A urgência do nosso beijo ainda me fazia formigar os lábios, e o ar em torno dele vibrava com uma energia nova, destemida. O Paul CEO tinha sido substituído pelo Paul marido, e eu estava fascinada por esta transformação. Mal podia acreditar que estava vivendo tudo isso ao seu lado. Somente eu sabia que tinha sonhando situações exatamente como essas, em que ele era perfeito como marido.
— Para casa, Paul? — perguntei, a minha voz um pouco rouca, enquanto nos sentávamos no carro. O nosso apartamento, o nosso túmulo de cortesia, me parecia de repente insuportável.
— Para a reconstrução, Catarina — corrigiu ele, com um sorriso de canto que prometia mais do que o jantar romântico que ele tinha planeado.
Ele estava leve como eu nunca tinha visto antes. Aquela áurea densa se desfez, consigo ver a luz no fim do túnel, n