O santuário silencioso

O Santuário Silencioso

Paul Evans

Eu dirigi por toda a cidade, movido por uma fúria cega. Bares, apartamentos antigos, casas de parentes distantes, até mesmo o flat de um dos seus amantes. Eu precisava ver Jussara, precisava a arrastar para a delegacia, precisava fazer encarar o que havia feito.

Mas, infelizmente, a cobra era boa em se esconder. Jussara havia sumido, levado pelo medo de ser acusada de assassinato. Minha vingança imediata foi frustrada. Eu estava sem rumo, frustrado, incapaz até de me vingar da mulher que um dia dizia ser minha madrasta.

Foi então que o celular tocou. O número do hospital.

— Senhor Evans, a sua esposa está estável. A transferência para a UTI foi concluída. A Dra. Helena autorizou visitas curtas.

Eu larguei tudo e dirigi de volta para o hospital. A mansão, a vingança, a culpa... tudo desapareceu. Só havia ela.

Quando entrei no quarto, eu parei no batente. O cenário era clínico, frio, assustador. Máquinas bipavam em um ritmo incessante, e tubos
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