O Laço de Ouro e a Tensão Silenciosa
Paul Evans
O quarto de hospital de Catarina havia se transformado em um santuário. As flores que recebemos em seu primeiro dia de internamento voltaram, multiplicadas, perfumando o ar. Mas o melhor aroma era o de Ravi. Ele dormia profundamente no berço ao lado da cama, um pedacinho de milagre envolto em um cobertor macio.
Olhei para Catarina. Ela estava acordada, me observando com os olhos mais gentis que eu já vira. O cansaço era evidente, mas a felicidade que irradiava era mais forte do que qualquer dor.
— Ele não chorou quando o trouxeram, Paul. — Ela disse, a voz rouca. — Ele simplesmente olhou para mim.
Eu peguei sua mão e a beijei, traçando a linha de sua aliança. — Ele sabe quem é a sua mãe. E ele sabe o quanto você lutou por ele.
Nossa conexão estava mais forte do que nunca. O parto, o medo, a libertação – tudo havia nos forçado a uma intimidade que o tempo e a confiança nunca haviam conseguido criar completamente. Éramos um casal de ver