Narrador
Dora e George chegaram à sala de recuperação mesmo quando Charlotte acabava de despertar da anestesia. Ao vê-los, os seus olhos iluminaram-se e, com um sorriso, cumprimentou-os.
«Olá! E o Frederick?», perguntou num tom suave.
Dora aproximou-se dela e, com todo o carinho do mundo, deu-lhe um beijo na testa.
«Está a solucionar um problema relacionado com os gémeos», disse a mulher, mas em vez de tranquilizar a sua filha, as suas palavras provocaram um ataque de nervos em Charlotte.
«O quê?», Charlotte endireitou a cabeça, preocupada. «Acontece alguma coisa com os meus filhos?», Um arrepio percorreu o seu corpo até à sua coluna vertebral.
George revirou os olhos perante as palavras da sua esposa.
«Claro que não, meu amor. Só está a resolver uns assuntos, nada importante. E conta-nos, como te sentes, querida?»
«Pai, eu estou bem, só tenho dor, mas suponho que seja normal. Quero ver os meus filhos. Vocês já os viram?», perguntou, angustiada.
«Sim, filha, e são preciosos. Vimo-los