Narrador
George olhou para Dora com uma expressão de cansaço. Sabia que a sua esposa sempre tinha sido muito protetora com Charlotte, mas neste caso, ele preferia manter uma postura mais calma. No entanto, a ideia de que Federick pudesse estar a enganar a sua filha mais uma vez preocupava-o.
«Dora, calma, por favor», disse-lhe, segurando o seu braço. «O que vimos não significa necessariamente o que tu acreditas. Helen e Federick são amigos, e Charlotte… Charlotte tem os seus próprios sentimentos. Se estamos tão convencidos de que tudo está mal, é melhor falarmos com ela primeiro, antes de tirar conclusões precipitadas.»
Mas Dora não parecia disposta a ouvir. A sua fúria era evidente, e os seus olhos brilhavam com determinação.
«Não vou ficar de braços cruzados enquanto esse homem volta a brincar com os sentimentos da nossa filha! Não o vou permitir, George. Já a magoou uma vez, e não vou deixar que o faça outra vez.»
George suspirou profundamente, com o rosto sulcado por uma mistura d