Narrador
Charlotte assentiu, os seus olhos suavizaram-se ao olhá-lo. Havia algo na sua voz, no seu olhar, que lhe transmitia tranquilidade, como se pudesse confiar nele novamente, apesar de tudo o que tinham passado.
«Está bem, Federick. Não te preocupes comigo, eu estarei bem», sorriu-lhe, apertando suavemente a sua mão.
Federick devolveu-lhe o sorriso, embora no seu rosto se desenhasse uma sombra de preocupação. Sabia que o caminho a percorrer não ia ser fácil, mas pela primeira vez em muito tempo, sentia que havia uma oportunidade real de reparar o que estava quebrado entre eles.
«Prometo que voltarei, e que enquanto não estiver, estarei a pensar em ti, nos gémeos, em tudo o que temos pela frente», sussurrou-lhe, sem soltar a sua mão.
Charlotte não pôde evitar corar perante essas palavras, o som da sua voz cheia de promessas que tocavam o seu coração. O amor continuava ali, latente, embora ainda frágil.
«Eu sei», disse ela num sussurro, os seus olhos brilhando com uma mistura de es