A Hilux cortou a madrugada como uma lâmina.
Motor alto, farol rasgando o asfalto, o coração de Thomas batendo no mesmo ritmo frenético do painel.
O celular vibrava sem parar na mão dele.
Nathalia.
Laís.
Heitor.
Thiago.
Ele ignorou.
Não agora.
Não até ver com os próprios olhos.
Sofia não estava no apartamento.
Não estava com Emma.
Não estava com Eloise.
Então só havia um lugar para recomeçar.
A faculdade.
Thomas estacionou em frente ao campus, motor ainda ligado, e ficou por um segundo com as mãos presas no volante.
Respirou fundo.
Fechou os olhos.
E murmurou para si mesmo:
— Agora você não é namorado… — a voz saiu baixa, grave. — Você é policial. Você é investigador. Pensa, porra. Pensa.
Abriu os olhos.
E tudo voltou com nitidez.
Sofia ligou às 21h.
Aula acabava por volta das 22h.
Pelas mensagens, ela estava descendo.
Se Thomas tivesse atendido…
Ele engoliu em seco, trancando o que sentia para não enlouquecer.
Pegou o celular, abriu o mapa interno da univers