O Reencontro.
Como de costume, Eloise e Nathalia começaram o dia juntas.
O cheiro de café fresco tomava conta do apartamento, misturado ao som suave da torradeira e das risadas preguiçosas que ecoavam pela cozinha.
Nos últimos dias, aquele pequeno ritual se tornara quase sagrado — uma rotina que carregava o gosto agridoce da despedida.
Os dias de Eloise morando com Nathalia estavam contados; em breve, voltaria para casa, para cuidar do pai e retomar a própria vida.
Mas, entre uma xícara e outra, havia saudade antecipada.
— Vai ser estranho não ouvir você xingando o despertador todo dia — brincou Nathalia, mordendo um pedaço de pão.
Eloise riu, mexendo o café.
— E vai ser estranho acordar sem alguém me chamando de “vaca” antes das oito da manhã.
— Ah, mas essa tradição eu mantenho por mensagem. — Nathalia piscou. — Só pra você não sentir falta.
Riram juntas, cúmplices como sempre foram.
Pouco tempo depois, já na entrada do prédio, se despediram com aquele tipo de carinho qu