Os Recomeços
O restaurante escolhido por Augusto era um refúgio discreto no centro da cidade — mesas de madeira escura, taças alinhadas e uma janela ampla que deixava o sol do meio-dia invadir o ambiente com suavidade.
Eloise chegou pontualmente, o coração em descompasso desde o momento em que ele dissera “Almoçamos juntos?”.
Não havia como fingir que era apenas trabalho.
Mas ela tentava, e tentava com todas as forças.
Quando o maître a conduziu até a mesa reservada, Augusto já estava lá. Terno cinza, mangas dobradas, o celular sobre a mesa e aquele ar de calma que só servia para deixar tudo mais difícil.
— Pontual como sempre — disse ele, levantando-se para puxar a cadeira.
— Aprendi com o melhor — respondeu ela, tentando manter o tom leve.
Ele sorriu de canto, satisfeito com a resposta.
Eloise se sentou, tentando manter o tom profissional, mas cada gesto de Augusto parecia testá-la.
Ele puxou a cadeira para ela, e quando seus dedos se tocaram por acaso, um arrep