Feridas Costuradas.
No andar da presidência, Augusto ajeitava o paletó diante da mesa enquanto Nathalia recolhia papéis apressada. Ele passou por ela com passos firmes, a postura de quem já havia tomado uma decisão.
— Avise o Thiago que precisei ir a um lugar importante. — disse, seco. — Ver uma pessoa… e resolver um problema que eu mesmo criei.
Nathalia o olhou, surpresa, mas não ousou questionar. Havia uma aura em torno dele, mais intensa que o normal, quase insuportável.
Augusto saiu imponente, os sapatos ecoando pelo mármore como um juramento silencioso.
Horas mais tarde, o barulho de sapatos firmes ecoou pelo corredor do hospital. Augusto Monteiro entrou, ignorando olhares curiosos, escoltado apenas por sua presença imponente.
Carlos ergueu o rosto ao vê-lo.
— Senhor Carlos. — Augusto inclinou a cabeça, respeitoso. — Eu preciso conversar com o senhor.
Carlos manteve o olhar firme por alguns segundos.
— Sente-se, Augusto. — disse, apontando para a cadeira ao