O clima entre nós estava mais leve, parecia que aquela tensão estranha tinha finalmente nos abandonado. Mas nós ainda estávamos numa viagem a negócios, não a passeio.
Entrei no hotel e, só de pisar no saguão, perdi o fôlego. O chão de mármore claro refletia o brilho de um lustre enorme, com centenas de cristais que pareciam estrelas em movimento. Um perfume suave de flores frescas tomava conta do ambiente. O bar no canto, com poltronas de couro, reunia alguns hóspedes elegantes, rindo com taças de vinho. Era luxuoso, impressionante, quase intimidador.
— Esse lugar é incrível. — suspirei, girando discretamente sobre meus próprios pés, como se quisesse gravar cada detalhe.
— É o melhor hotel da cidade. — ele respondeu, com a naturalidade de quem estava acostumado a lugares assim.
— Deve ser muito caro também… — murmurei, já calculando mentalmente o rombo no meu orçamento do próximo mês.
— Não se preocupe com isso, é por minha conta. — disse ele, piscando pra mim.
— É claro q