Hanna
A mala já estava fechada no canto do quarto.
Os documentos separados.
O passaporte na bolsa.
Tudo pronto.
Era estranho… porque eu passei semanas desejando essa viagem, esse recomeço, essa distância.
Mas agora, enquanto me olhava no espelho para terminar de me arrumar, a sensação que dominava meu peito não era alívio.
Era outra coisa.
Algo que eu não conseguia nomear.
Sabrina estava me esperando na sala, radiante, animada — como sempre.
— Vamos, minha exploradora americana! — brincou ela, me puxando para abraçar. — Hoje é nossa despedida oficial.
Sorri.
Por fora.
Por dentro… ainda estava tentando silenciar a lembrança do olhar de Ethan, da conversa no banco, do beijo que não deveria existir.
O restaurante estava cheio, iluminado por lustres enormes, mesas elegantes e música baixa.
Sabrina escolheu um ótimo lugar — ela sempre escolhia.
Conversamos, rimos, ela fez brindes exagerados para “Hanna 2.0 – Versão Internacional”.
Eu falei sobre o novo com