Pov. Isabella
A chuva não cessou durante toda a madrugada. Eu acordei várias vezes com o som das gotas batendo na janela, como se o mundo lá fora estivesse tentando me contar algo. Em cada despertar, eu me via no mesmo estado: olhos abertos no escuro, mente barulhenta demais para descansar.
O dia amanheceu e havia algo diferente no ar naquela manhã. Uma mistura de ansiedade e melancolia, como se algo estivesse prestes a mudar — e eu não sabia se estava pronta para isso. Me levantei devagar, ainda com os cabelos desgrenhados e a camiseta amassada, e fui direto até a cozinha. O cheiro do café recém-passado sempre me trazia uma sensação de normalidade, mesmo quando nada parecia normal.
Enquanto esperava a cafeteira terminar o serviço, liguei o rádio. Uma voz suave falava sobre economia e política, mas eu não conseguia prestar atenção. Tudo o que eu ouvia, de alguma forma, me levava de volta a ele. Ethan.
Desde o baile, eu vinha lutando contra uma avalanche de sentimentos. Primeiro, o cho