O som dos monitores ainda pulsava baixinho ao redor. O quarto era silencioso, banhado pela luz suave do final da manhã que entrava pelas persianas, traçando faixas douradas sobre o lençol branco. Isabelle despertou devagar, com a mente ainda turva, como se emergisse de um sono que durara décadas. Sentiu o corpo leve, anestesiado, como se não fosse seu. Tentou mover os dedos, e só então notou os fios conectados a seu braço, a sonda de oxigênio no nariz.
Abriu os olhos devagar e encontrou o teto branco, frio e impessoal. Estava viva.
Seu peito se apertou num misto de alívio e frustração. A dor não havia ido embora. Apenas fora adormecida.
Uma enfermeira, que aguardava ao lado da cama, levantou-se de imediato ao vê-la despertar.
— Senhora Isabelle… Graças a Deus… — murmurou, emocionada.
Isabelle tentou sorrir, mas não conseguiu. O peso ainda estava ali. Um peso que palavras não podiam tirar.
Logo, os médicos entraram no quarto com passos firmes e decididos. Fizeram avaliações silenciosas