O sol ainda nascia quando Isabelle foi despertada com a notícia de que partiriam. A cama ainda conservava o cheiro de Dominico, que havia saído cedo, deixando ordens claras: ela seria levada à frente para a Sicília, enquanto ele resolveria “pendências” antes de segui-la. Isabelle apenas assentiu, com a alma devastada, os olhos apagados, como se já não houvesse mais nada dentro de si.
Vestiram-na com roupas elegantes, cabelos escovados, perfume discreto. Uma boneca sendo preparada para uma nova vitrine.
Dois homens aguardavam na porta — o motorista e o segurança de confiança de Dominico. Nenhum deles ousava tratá-la mal. Sabiam que, para o chefe, ela agora era um troféu.
O carro preto blindado partiu em direção ao aeroporto privativo, atravessando ruas ainda vazias, com o céu tingido em tons de laranja. Isabelle observava a cidade sem ver, as mãos pousadas no colo, o coração dormente. Em breve estaria em outro país, em outra prisão.
Ela não tinha mais lágrimas.
Mal sabia ela que o dest