A chuva fina que caía sobre Genebra naquela manhã parecia refletir exatamente o que Isabelle sentia: uma mistura de tensão, medo e... expectativa. O telefone em sua mão tremia levemente, e sua voz, quando finalmente saiu, foi mais baixa do que esperava.
— Matteo Eisenberg? — disse, com o tom firme que ensaiara tantas vezes em sua mente.
Do outro lado, a voz veio rápida. Grave. Domadora.
— Isabelle Marchand... achei que não retornaria.
Ela engoliu em seco.
— Eu... aceito a proposta.
Houve uma breve pausa. O silêncio dele soou mais alto do que qualquer resposta. Então veio o tom levemente arrastado, como se ele sorrisse ao falar:
— Ótimo. Prepare-se. Vamos sair esta noite. Vou buscá-la às 19h. Temos um concerto. Depois, jantar. Vista algo que a faça se sentir... inesquecível.
E desligou.
Isabelle encarou o visor apagado do celular como se algo tivesse sido selado ali. Inesquecível? Ela não sabia mais o que era isso.
...
A limousine estacionou pontualmente às 19h diante da mansão. Matteo