O voo até Milão fora silencioso, mas repleto de olhares que diziam mais que qualquer palavra. Matteo tinha reservado a poltrona ao lado de Isabelle no jato executivo do Grupo Eisenberg. Enquanto cruzavam os Alpes, o empresário não disfarçava o fascínio que sentia ao observar cada detalhe dela — os cabelos presos de maneira elegante, o pescoço delicado, os olhos voltados para a paisagem que passava abaixo das nuvens.
— Você já esteve em Milão antes? — perguntou ele, com a voz baixa, quebrando o silêncio.
— Uma vez, com meus pais, quando eu tinha dezoito anos. — respondeu ela, sem olhá-lo.
— É uma cidade encantadora. Espero que veja com novos olhos desta vez — ele disse, lançando-lhe um meio sorriso que a deixou desconcertada.
Ao pousarem, um carro de luxo os aguardava. O hotel era um dos mais renomados da cidade, uma suíte ampla com dois quartos e uma sala compartilhada. Tudo perfeitamente calculado para que Isabelle se sentisse confortável — e, ao mesmo tempo, visse de perto quem era