A madrugada parecia ter engolido o céu, e a escuridão pesada da Sicília era rompida apenas pelos fachos dos faróis que cortavam a estrada de terra. Os pneus de um carro negro de vidros escuros guinchavam ao parar diante de um galpão abandonado no interior, rodeado por pinheiros altos e ameaçadores. Isabelle havia sido sedada novamente e ainda estava desacordada, os braços caídos ao lado do corpo, e os cabelos colados à testa por conta do sedativo. Seus lábios estavam entreabertos, murmurando um nome em silêncio: Dominico.
Ela acordou assustada, num quarto sem janelas, iluminado apenas por uma lâmpada fraca que pendia do teto. As paredes estavam sujas, havia um colchão velho no canto e o cheiro de mofo era quase insuportável. Tentou se erguer, mas seus pulsos estavam presos por algemas de couro ao encosto metálico da cama.
— Catherine? Adrian? Laurent? — sussurrou, a voz rouca. Não ouviu resposta, apenas o eco desesperado do próprio medo.
Foi então que a porta rangeu, revelando a silhu