O silêncio da caverna foi quebrado pelo som de passos firmes, seguidos pelo farfalhar da vegetação sendo esmagada. O inimigo estava perto. Muito perto.
Beatriz apertou a arma em suas mãos, sentindo o suor frio escorrer por sua nuca. Helena se posicionou atrás de uma rocha, a espingarda pronta. Fernando segurava sua lâmina com força, os olhos afiados e atentos. Samuel, mesmo ferido, respirou fundo e mirou para a entrada. A tensão era quase palpável.
Então, o primeiro tiro foi disparado.
Uma explosão ecoou dentro da caverna quando a bala acertou a parede de pedra, ricocheteando e jogando faíscas pelo ar. Beatriz conteve um grito e se abaixou instintivamente. Lá fora, vozes ecoaram, gritos abafados se misturando ao som da floresta.
— Eles sabem que estamos aqui. — Samuel murmurou, os dentes cerrados. — Sem volta agora.
Helena não hesitou. Ela se ergueu levemente e disparou dois tiros certeiros. Um grito foi ouvido do lado de fora, seguido por um baque surdo. Um dos inimigos havia caído.