Os passos eram quase imperceptíveis, mas Beatriz sabia que estavam lá. O frio da madrugada cortava sua pele, mas o gelo em sua espinha vinha do medo crescente. A cada passo que davam, a presença invisível atrás deles ficava mais próxima.
Samuel fez um sinal com a mão, indicando que todos parassem. Beatriz segurou Davi com mais força, sentindo o peso dele contra seu corpo. Fernando respirava pesadamente ao seu lado, cada movimento uma luta contra a dor.
Então, o silêncio foi quebrado.
Um estalo alto ressoou na escuridão, e antes que pudessem reagir, algo se moveu rapidamente entre as árvores. Um vulto indistinto disparou em sua direção, e Samuel girou a faca em um reflexo instintivo, atingindo o ar vazio.
— Corram! — Ele ordenou, puxando sua arma.
Beatriz não hesitou. Agar