O ar denso do galpão parecia se fechar sobre Davi enquanto ele perseguia o homem misterioso. A escuridão fazia cada movimento parecer incerto. Seus pés batiam contra o chão frio, ecoando pelo corredor estreito.
Um novo disparo soou.
Davi sentiu uma dor aguda no lado do abdômen. Ele cambaleou, pressionando a mão contra a ferida. O calor do sangue escorria por seus dedos.
— Droga… — murmurou, cerrando os dentes.
Mas ele não podia parar.
O homem se virou no final do corredor, apontando a arma diretamente para ele. Os olhos frios e calculistas revelavam a ausência de medo.
— Você não devia ter vindo — disse o inimigo, sua voz baixa e ameaçadora.
Davi ergueu a arma com a mão trêmula. O mundo ao seu redor girava, e a dor latejava em cada nervo do seu corpo. Antes que pudesse reagir, um terceiro tiro ecoou.
O silêncio tomou conta.
Davi caiu de joelhos, ofegante. O homem diante dele cambaleou, levando a mão ao peito, e então caiu inerte no chão.
Fernando surgiu atrás dele, arma ainda apontada