A madrugada era densa e carregada de tensão. Beatriz e Davi estavam no centro de operações montado às pressas no escritório de Fernando. Mapas, telas de vigilância e ligações frenéticas preenchiam o ambiente.
— Conseguimos rastrear a ligação. Foi feita de um armazém abandonado no porto — Fernando anunciou.
Davi pegou a arma sobre a mesa e olhou para Beatriz.
— Vamos buscar nossos filhos.
Ela assentiu, os olhos brilhando com uma fúria incontrolável.
Ao chegarem ao porto, os galpões escuros pareciam se fundir com a neblina noturna. Davi e Beatriz se esgueiraram entre os contêineres, cada passo calculado. O silêncio foi quebrado pelo choro abafado de uma criança. O coração de Beatriz disparou.
— Eles estão aqui — ela sussurrou.
Antes que pudessem avançar, um grupo de homens armados surgiu das sombras.
— Chegaram rápido demais — um deles disse, segurando um rádio. — O chefe quer falar com vocês.
As portas do galpão se abriram, revelando um homem alto, de terno escuro, que sorria como se e