31. O início da queda
Cecília mal conseguia respirar ao fechar a porta do quarto, os dedos tremendo levemente enquanto tentava não fazer barulho.
O corpo ainda latejava — uma mistura de culpa, raiva e desejo. Sentia a pele sensível onde as mãos de Max a tinham tocado, marcado.
Deslizou para a cama ao lado de Helena, que dormia profundamente, alheia ao caos que se desenrolava dentro da irmã. Cecília tentou se cobrir e encontrar algum descanso, mas cada vez que fechava os olhos, via o rosto de Max.
Os olhos intensos, a forma como seu nome soava mais grave na boca dele. O gosto dele ainda estava em sua língua.
Ela não era mais a mesma mulher.
E sabia que, se alguém descobrisse o que fazia nas sombras, o escândalo a destruiria.
Na manhã seguinte, tentou ocupar a mente. Conheceu as dependências da casa, absorvendo cada detalhe do lugar que em poucos meses deveria chamar de lar.
A Fazenda dos Vieira de Sá era diferente da sua. Onde a propriedade dos Monteiro de Alcântara era exuberante e festiva, es