30. Na calada na noite
A tensão que envolvia Cecília e Max era densa como o ar antes de uma tempestade. O beijo entre eles se aprofundava em um misto perigoso de raiva, desejo e culpa. A cada toque, a cada suspiro abafado, ficava mais claro que nenhum dos dois conseguia resistir à força que os puxava um para o outro – mesmo quando tudo ao redor gritava que aquilo era errado.
As mãos de Max, firmes e possessivas, desceram pela curva da cintura de Cecília, puxando-a contra ele, como se quisesse apagar qualquer distância que os separasse. O corpo dela respondeu imediatamente, o coração martelando dentro do peito, os nervos em chamas sob cada carícia.
— Você não devia estar aqui… – murmurou ele contra os lábios dela, mas não houve qualquer convicção em sua voz.
— E você não devia me querer – retrucou, as palavras saindo ofegantes enquanto suas mãos deslizavam pelos ombros largos, sentindo o calor que queimava sob a pele dele.
Max soltou um riso baixo e amargo, pressionando-a mais contra a parede do corre