capítulo 8 Alana

Narrado por Alana

Subi as escadas da base com o sangue nos dentes e o coração explodindo no peito como tambor de guerra.

Não tinha frescura.

Não tinha cerimônia.

Tinha missão. E raiva.

Cada degrau rangia baixo, cúmplice do meu silêncio.

Cheguei na porta da sala da coronel.

Bati uma vez.

Forte.

Sem pedir licença pra existir.

— “Entra.” — veio a voz seca lá de dentro.

Entrei.

Fechei a porta com firmeza, sem medo do eco.

A Coronel Daniela tava em pé, de costas, encarando a janela como se o mundo lá fora ainda obedecesse à hierarquia.

Farda impecável. Postura de ferro. Mãos cruzadas nas costas.

Só virou o rosto quando sentiu meu silêncio cortando o ar como navalha.

— “Sargento Alana.” — sem emoção.

— “Coronel.”

Ela se virou por completo.

O olhar era aço polido.

Frio.

Cortante.

Sem um pingo de espaço pra diálogo — só protocolo.

— “Diga.”

Respirei fundo.

Mas a voz saiu firme, reta, do tipo que não treme nem pra superior.

— “Quero saber por que o Vilela ainda tá na
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